Conheça Cecília Simão Mattos, vencedora do Concurso de Poemas Mapeam 2023!
(Imagem enviada pela autora @cilia_simaoo.)
Incentivar escritores independentes é fundamental para promover a diversidade e a inovação na literatura, bem como para garantir que vozes diversas sejam ouvidas e representadas. Esses escritores muitas vezes têm perspectivas únicas e histórias pessoais que podem enriquecer o cenário literário de maneiras inimagináveis.
Um dos principais benefícios de apoiar escritores independentes é a promoção da diversidade de narrativas. Enquanto os grandes editores tendem a favorecer escritores estabelecidos ou textos que se encaixam em determinados moldes comerciais, os escritores independentes têm a liberdade de explorar temas e estilos que talvez não encontrem espaço no mercado editorial tradicional. Isso permite que uma gama mais ampla de experiências e perspectivas seja compartilhada com os leitores, enriquecendo assim o panorama literário.
Por isso o Coletivo Fomento Literário lança diversos projetos literários como concursos e seleções, procurando incentivar a produção literária de forma independente a estilos ou gêneros textuais. Incentivar escritores é uma forma de promover a inovação literária. Esses escritores muitas vezes estão dispostos a experimentar com formas narrativas, estilos de escrita e temas que desafiam as convenções estabelecidas. Eles podem explorar novas maneiras de contar histórias, abordar questões contemporâneas de maneiras únicas e desafiar as expectativas do que a literatura pode ser. Ao apoiar sua criatividade e coragem de ir além do convencional, estamos contribuindo para a evolução contínua da arte da escrita.Incentivar escritores independentes é crucial para promover a diversidade, a inovação e a representação na literatura. Ao apoiar esses escritores, estamos contribuindo para um panorama literário mais vibrante e inclusivo, que celebra a riqueza e a variedade das experiências humanas.Assim, no MAPEAM 2023, mais poesia e amor, tivemos a campeã Cecília Simão Mattos, que falou de uma forma de amor não tradicional e nos presenteou com um poema direto, mas que pode ser compreendido de forma subjetiva, entre a relação de um gato, uma casa e falta de uma presença humana, que deixa nosso coração na dúvida do que pode ter ocorrido. Confira a seguir o poema e uma apresentação da autora com suas próprias palavras.Edimar Jr, editor do Coletivo.
''Meu nome é Cecília Simão Mattos, tenho 19 anos, atualmente moro em Juiz de Fora - Minas Gerais, mas morei por muito tempo em Além Paraíba, também de Minas Gerais, e sou completamente apaixonada em escrever. Atualmente estou cursando Rádio Tv e Internet na Universidade Federal de Juiz de fora, um curso virado para essa área artística de produção de conteúdo que me vi completamente fascinada por, principalmente nas produções textuais. Eu escrevo poemas desde criança, mas só comecei a divulga-los em 2019 quando criei O Gato e A Casa, que mudaram completamente a minha forma de escrita e de vida. Expressar-me por meio de personagens tão únicos e singelos, que no primeiro olhar não possuem conexão entre si, trouxe infinitas possibilidades de assuntos e significados em minhas obras. Arrisco um pouco em pintura e desenhos também, não sou um Van Gogh da vida, mas consigo desenhar uns personagens bonitinhos às vezes. Meu sonho atualmente é publicar uma antologia do Gato e da Casa, e sem dúvidas esse meu poema publicado no MAPEAM 2023 foi fundamental em minha trajetória, nunca imaginei que ficaria em primeiro lugar na seleção, foi uma surpresa maravilhosa e um incentivo em continuar atrás desse sonho. Só tenho a agradecer à editora pelo carinho e pela oportunidade. E pra quem quiser saber mais sobre quantas andam o tal do Gato e a tal da Casa sigam a página do instagram @ogatoeacasa, e para quem quiser saber mais sobre a autora, o meu instagram é @cilia_simaoo.''
Mudanças
Cecília Simão Mattos
Existia um gato e uma casa
O gato amava a casa
Balançava a cauda
Ronronava e miava em alegria
A casa amava o gato
Deixava portas e janelas sempre abertas
Os quartos arrumados
E a louça lavada
O gato e a casa se distanciaram
Eles e o mundo
Não se falavam mais
Não se ouviam mais
Não podiam ficar perto
Não parecia certo
Quando o apocalipse acabou
E as trombetas tocaram
O gato e a casa se encontraram
Não se reconheceram
O gato já não mais ronronava
Tão pouco miava
A casa estava sempre fechada
E a louça já não era mais lavada
E assim eles se perderam
Sem tempo para um novo ato
A tal da casa
E o tal do gato
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